sábado, 1 de dezembro de 2007

Criar embriões para obter células estaminais

O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida num relatório à imprensa portuguesa começa por classificar de eticamente inaceitável a fecundação de embriões única e exclusivamente para obtenção de células estaminais, quando este processo é acompanhado pela destruição do embrião.

Mas declara que já é aceitável a colheita de células estaminais de embriões que não é por si própria causa de destruiçao desses embriões.

Dizem também que o recurso a este tipo de células é uma via promissora para o tratamento de determinadas doenças.
Concluído, o CNECV incentiva a investigação de células estaminais a partir de tecidos adultos, abortos espontâneos ou induzidos.
Fonte: TSF online


Com a ajuda da nova lei aplicada em Portugal sobre PMA são esclarecida alguns conflitos entra ética e ciência:

Artigo 9.o

Investigação com recurso a embriões
1—É proibida a criação de embriões através da PMA
com o objectivo deliberado da sua utilização na investigação
científica.
2—É, no entanto, lícita a investigação científica em
embriões com o objectivo de prevenção, diagnóstico ou
terapia de embriões, de aperfeiçoamento das técnicas
de PMA, de constituição de bancos de células estaminais
para programas de transplantação ou com quaisquer
outras finalidades terapêuticas.
3—O recurso a embriões para investigação científica
só pode ser permitido desde que seja razoável esperar
que daí possa resultar benefício para a humanidade,
dependendo cada projecto científico de apreciação e
5246 Diário da República, 1.a série—N.o 143—26 de Julho de 2006
decisão do Conselho Nacional de Procriação medicamente
Assistida.
in Diário da República




Na minha opinião acho absulutamente desnecessárias novas fecundaçãoes, novos embriões, mais vidas sacrificadas... mais... mais...
Visto que o número de embriões não utilizados nos tratamentos de infertelidade cresce de ano para ano penso que a recorrência a embriões criopreservados seria mais favorável quer ética como cientificamente. Mas estariamos sempre sujeitos à autorização dos progenitores e à avalição do caso por parte do Conselho Nacional de Procriação medicamente Assistida.

2 comentários:

Gabriel dos Santos disse...

Bom post...eu tinha um mais ou menos dentro do mesmo assunto, mas este fala mais no aspecto de criar novos embriões. Através desta postagem verificamos que as leis portuguesas são mais éticas. Quanto à tua reflexão, os cientistas já descobriram uma maneira de produzir células estaminais, que normalmente é para obter tais células que servem os embriões,sem utilizar os embriões. Aconselho-te uma leitura, no meu blogue, de um post com o título Avanço na ciência!!! do dia 30 de Novembro, onde está mais detalhado o novo processo que aqui referi.

Joana Carvalho disse...

Boa postagem. É um assunto importante e polémico.
A ciência e a medicina continuam a evoluir e a descobrir novas formas para "melhorar a nossa qualidade de vida", mas talvez a sociedade ainda não esteja preparada para estas mudanças. As pessoas pensam de maneira diferente, umas são contra, outras são a favor, outras nem sequer se apercebem daquilo que se passa à sua volta. Mas é assim, a ética não evolui à mesma velocidade que a ciência.
Concordo contigo, acho que não deve haver produção de embriões apenas para utilização em investigação científica, uma vez que já existem embriões crioconservados e que talvez até acabem por ser eliminados.